A mensagem de Midnight in Paris
Midnight in Paris. O filme que pode mudar sua opnião e apego pelo que já foi. Ao falar sobre a La Belle Époque e os Anos Dourados, essa obra cinematográfica promete trazer a tona questões antigas do homem.
Midnight in Paris
O filme trata da vida de Gil Pender, um escritor que viaja com sua esposa para a França. Em resumo grosseiro, o personagem passa a viajar no tempo para o século XX da França, onde encontra o escritor Ernest Hemingway, o casal Fitzgerald, e uma amante de Pablo Picasso, que ficará conhecida como Adriana.
O filme vai tratar de uma espécie de síndrome cultural conhecida como Os Anos Dourados, que pode ser descrita como uma maneira de olhar para o passado e comparar este com o presente, sendo evidente para quem compara, que os melhores anos de sua vida já passaram, ou estiveram em outra época, antes mesmo deste nascer. Leia mais sobre Anos Dourados.
A minha visão sobre o filme
A mensagem do filme é clara e concisa. As pessoas que vivem no presente sempre querem voltar para os anos dourados, esses que são aquela época que já passou e todo mundo guarda as melhores lembranças.
É quase que uma maldição no filme porque o personagem Gil Pender sempre achou que vivia fora de sua época, porém ao decorrer da trama enquanto ele está nos anos de 1920, em Paris, ele conhece Adriana por quem passa a ter uma atração quase que de imediato. Quando ele e Adriana vão para La Belle Époque, nos anos de 1890, Gil conta a Adriana que ele vem do futuro em 2010 e tenta fazer ela voltar pra 1920, ela depois de recusar o convite e se explicar diz ser uma mais emocional e que aqueles sim eram os anos dourados e se recusa a voltar.
Aí é que Gil entende que o presente sempre vai ser uma dádiva e uma maldição para aqueles que não deixam o passado ir. Guardamos os melhores sentimentos de nossas lembranças. Com o tempo esquecemos das partes ruins e deixamos nossa mente criar uma alegoria utópica onde tudo foi perfeito. Acontece muitas vezes quando viajamos, compramos e guardamos um souvenir (francês pra “lembrancinha”) para ter uma conexão, porém esse apego ao passado pode te fazer cego, e infeliz no presente. Não podemos viver de souvenirs.
Nosso protagonista, o Gil, entendeu e ficou no presente. Depois de se separar de Inez ele conhece Gabrielle, uma mulher da Paris contemporânea que vendia discos e coisas antigas. Ele compra o disco de um pianista que ouviu tocar pessolmente na Paris dos anos XX.
O curioso é que esse novo romance do personagem, parece muito com o romance que este estava escrevendo desde o começo do filme; sobre um personagem que tinha Loja de Nostalgia, ao comprar um CD da Gabrielle, ele compra exatamente isso, uma lembrança.